quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Sobre o desaparecimento

Olá, alguns de vocês tem me procurado querendo saber o porquê não venho escrevendo. Bom... passei por situações difíceis nos últimos meses que nem ao menos consigo escrever sobre o assunto.
Mas venho tendo contato com muitos de vocês, e é gratificante ver a melhora de alguns. Fiz amizades aqui também que me ajudaram bastante.

Deixo meu numero pra quem ainda não conseguiu pegar nos comentários: 16 992859627

Espero conseguir retornar em breve.

domingo, 23 de novembro de 2014

Sei que combinei que iria suportar


Hoje eu queria que depois do seu simples ''Bom dia, e ai, bem?'' Você quisesse realmente saber como eu estou, que eu pudesse dizer tudo aquilo que eu escondo desde o começo sobre quem eu sou, por medo de te assustar e te afastar pra sempre. Mas hoje eu não estou me importando, o tempo transmiti calma, esta fresco e chove um pouco la fora, dias assim fazem em mim um efeito controverso, eu não estou calma, sabe? E eu gosto de falar quando estou assim, quando as minhas emoções estão fortes, porque mesmo que seja tudo tão precipitado eu sei que não vou deixar passar nada, não vou esconder ou mentir que tem estado tudo bem desde que você me deixou. Eu diria tudo que eu venho preparando pra dizer, mas você não me telefonou, nem veio me ver, e é sobre isso mesmo que eu queria falar, que eu não aguento mais ficar esperando todos os dias a toda hora que você me mande mensagens ou apareça. E quando você aparece na tela do meu celular, no portão da minha casa, ou no ponto de ônibus, eu me controlo pra não dizer nada, não te deixar apavorado, porque eu quero que você volte.
Ontem eu disfarcei tudo muito bem, conversei com algumas pessoas na madrugada, tomei o meu calmante e dormi bem. Acordei hoje, quieta por dentro, mas com uma vontade imensa de falar, Seu cheiro ainda esta no meu travesseiro, então comecei a lembrar de tudo, e lembrei, relembrei, e quando vi, já estava apertando minhas unhas contra a minha própria mão e gritando com a minha mãe, eu retrocedi os estágios da perda, e voltei pro de negação, eu não suportei lembrar que eu perdi, que eu talvez errei e as vezes nem enxerguei. De repente minha mãe também começou a gritar e dizer que todo mundo já cansou de me falar as mesmas coisas, que de quem mais eu preciso ouvir que ele não vai mudar? Quando eu já ouvi isso do próprio, e isso me doeu porque era verdade. Então ela me ordenou que eu tomasse meu calmante da manhã e fosse tomar um banho frio.
Todos dizem que eu preciso aceitar, que vai doer agora, mas que eu tenho que sofrer, porque a vida é dura, e eu preciso me manter longe dele porque somos incompatíveis, dizem que não tem mais jeito, que não ha volta. Perguntam como eu me sinto sempre sendo o segundo plano, e se é um cara assim que eu quero que seja os pais dos meus filho, me enchem de perguntas, parecendo enfiar uma broca no meu cérebro, e tudo isso me afunda em desespero, angustia e raiva, mas acho que é isso que eles querem, que eu sinta algo que não seja por ele, seja por mim, pra ver se eu acordo, se eu levanto da cama, se entendo que se eu quiser continuar a viver eu tenho que comer (mas eu não quero), que eu
preciso sair e conhecer outras pessoas. Mas eu não faço nada disso, eu não sei porque eles não entendem, eu não sei você não entende. Parei de escrever quando meu celular vibrou, era você, me arranhei pra não responder, porque eu já perdi a vontade de falar tudo que eu queria falar no começo do dia, e eu só queria responder algo que fizesse você correr e vir me ver, pra que assim eu pudesse te trancar de novo na minha casa, esconder as chave do seu carro e te obrigar a ficar o resto do dia e a noite inteira comigo. Mas eu não disse nada, não fiz nada.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

A bela e o burro.


Fico me perguntando que outra mulher ouviria os maiores absurdos como você, um homem de 25* anos, planejar ir a uma matinê brega com gente sem assunto no próximo domingo e, ainda assim, não deixar de olhar pra você e ver um homem maravilhoso.

Que outra mulher te veria além da sua casca? Você não entende que eu baixei a música do “Midnight Cowboy” e umas boas do Talking Heads, Vinícius de Morais e do Smiths porque achei divertido te fazer uma massa ouvindo algumas músicas que dão vontade de viver. Uma massa que você não vai comer porque está perdendo o paladar para o que a vida tem de verdadeiro e bom. É tanta comida estragada, plastificada e sem sal, que você está perdendo o paladar para mulheres como eu. E você não sabe como vale a pena gostar de alguém e acordar na casa dessa pessoa e tomar suco de manga lendo notícias malucas no jornal como o cara que acha que é vampiro. Tudo sem vírgula mesmo e, nem por isso, desequilibrado ou antes da hora.

Você não sabe como isso é infinitamente melhor do que acordar com essa ressaca de coisas erradas e vazias. Ou sozinho e desesperado pra que algum amigo reafirme que o seu dia valerá a pena. Ou com alguma garotinha boba que vai namorar sua casca. A casca que você também odeia e usa justamente para testar as pessoas “quem gostar de mim não serve pra mim”.
E eu tenho vontade de segurar seu rosto e ordenar que você seja esperto e jamais me perca e seja feliz. E entenda que temos tudo o que duas pessoas precisam para ser feliz. A gente dá muitas risadas juntos. A gente admira o outro desde o dedinho do pé até onde cada um chegou sozinho. A gente acha que o mundo está maluco e sonha com a praia do Espelho e com sonos jamais despertados antes do meio-dia. A gente tem certeza de que nenhum perfume do mundo é melhor do que a nuca do outro no final do dia. A gente se reconheceu de longa data quando se viu pela primeira vez na vida.
E você me olha com essa carinha banal de “me espera só mais um pouquinho”.Querendo me congelar enquanto você confere pela centésima vez se não tem mesmo nenhuma mulher melhor do que eu. E sempre volta. Volta porque pode até ter uma coxa mais dura. Pode até ter uma conta bancária mais recheada. Pode até ter alguma descolada que te deixe instigado. Mas não tem nenhuma melhor do que eu. Não tem.

Porque, quando você está com medo da vida, é na minha mania de rir de tudo que você encontra forças. E, quando você está rindo de tudo, é na minha neurose que encontra um pouco de chão. E, quando precisa se sentir especial e amado, é pra mim que você liga. E, quando está longe de casa gosta de ouvir minha voz pra se sentir perto de você. E, quando pensa em alguém em algum momento de solidão, seja para chorar ou para ter algum pensamento mais safado, é em mim que você pensa. Eu sei de tudo (...)
Caiu finalmente a minha ficha do quanto você é, tão e somente, um cara burro. E do quanto você jamais vai encontrar uma mulher que nem eu nesses lugares deprê em que procura. E do quanto a sua felicidade sem mim deve ser pouca pra você viver reafirmando o quanto é feliz sem mim e principalmente viver reafirmando isso pra mim. Sabe o quê? Eu vou para a cama todo dia com 5 livros e uma saudade imensa de você. Ao invés de estar por aí caçando qualquer mala na rua pra te esquecer ou para me esquecer. Porque eu me banco sozinha e eu me banco com um coração. E não me sinto fraca ou boba ou perdendo meu tempo por causa disso. E eu malho todo dia igual a essas suas amiguinhas de quem você tanto gosta, mas tenho algo que certamente você não encontra nelas: assunto. Bastante assunto.

Eu não faço desfile de moda todos os segundos do meu dia porque me acho bonita sem precisar de chapinha, salto alto e peito de pomba. Eu tenho pena das mulheres que correm o tempo todo atrás de se tornarem a melhor fruta de uma feira. Pra depois serem apalpadas e terem seus bagaços cuspidos.

Também sou convidada para essas festinhas com gente “wanna be” que você adora.Mas eu já sou alguém e não preciso mais querer ser. E eu, finalmente, deixei de ter pena de mim por estar sem você e passei a ter pena de você por estar sem mim. Coitado.


Tati B.

domingo, 27 de julho de 2014

A sua insegurança e minha confusão não nos deixa.



Olhando pra você exatamente aqui
Cê não sabe mais eu tava exatamente aqui, olhando pra você.

Eu olho pra você, aqui do meu lado, tão perto e ao mesmo tempo parece uma miragem distante. Eu olho para você, parece calmo, mas sei que não está. Ah, garoto se você soubesse como eu também estou, o quanto eu me destruo por dentro a cada vez que olho para você. E tem tantas coisas que eu queria te dizer, mas tenho medo de falar demais, de te assustar, de te empurrar para longe, porque que essa é a minha especialidade, afastar as pessoas. Permaneço quieta, e prefiro você assim também, em silêncio. Apesar do silêncio ser demolidor, mas não tanto quanto as avalanches de palavras que você solta por ai e eu finjo não ouvir, me faço de desinteressada, porque eu sempre interpreto mal , ou não. Sou eu que me iludo demais e depois me detono quando ouço a verdade. Não digo nada, mas penso, porque não pode dar certo? Quanta falta de vontade a nossa. Você passa tempo demais tentando prender a minha atenção que não ouve a si mesmo, mas ao contrario do que parece, eu escuto cada vogal, cada intervalo da sua respiração entre as frases e como o tom da sua voz muda quando se perde na própria historia. E eu simplesmente me repreendo porque não quero ser chata e porque não quero que se afaste com a ideia maluca que assim eu ficaria melhor.

sábado, 19 de julho de 2014

Ter o mundo nas mãos, é ter uma lâmina e um cigarro.

Os cortes. Mais uma vez, os cortes. A rotação do planeta para, o unico movimento sentido são o das mãos tremulas, que tenta tirar um cigarro do maço. Não basta ser viciada em dor, o que é estupido demais, eu tô fumando. Então a  órbita do planeta se desvia, levando a dor para outra dimensão. É difícil respirar, não sei pela fumaça que preenche o meu pulmão, ou se é a tristeza que sufoca.
O sangue ainda escorre pelo braço, a tonalidade vermelha na minha pele pálida. Mais um dia que eu não superei, porquê eu não sei lidar com as coisas, eu não sei lidar contra os meus vicios. E você tinha razão, não eu não posso controlar nada ao meu redor, pois não sei nem controlar meus impulsos, muito menos minhas emoções.

domingo, 27 de abril de 2014

Ele odiava futebol e ela detestava novelas. Contraditório, mas funcionava.

sábado, 22 de março de 2014

(...) E todo esse silêncio não se trata de estar brava, mas sim de coração partido.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Essa doença não tem cura.

Eu nunca fui de seguir em frente, nenhuma parte do meu corpo consegue, desde os pés que não se movem a lugar algum, por nenhum caminho, até a minha cabeça que nem durante o sono me deixa em paz, os pesadelos me atormentam, eu revivo durante a noite, momentos que já se passaram, chega a ser incrível o jeito que a minha memoria volta naqueles dia ruins, revivendo detalhes de forma tao realista. e quando acordo a dor de cabeça chega a ser insuportável, o esforço para levantar da cama é cansável, o meu estomago se contorce, a visão fica turva. O meu corpo sente cada pedacinho, de uma noite mal dormida, de uma vida mal vivida.